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Santo do Dia - São Maximino de Treves: o bispo que defendeu santo atanásio e combateu o arianismo

A vida de um prelado do século IV que, com coragem e fé, enfrentou imperadores e hereges para preservar a ortodoxia.

Cassilândia Notícias - 29 de maio de 2025 - 09:00

Santo do Dia - São Maximino de Treves: o bispo que defendeu santo atanásio e combateu o arianismo

São Maximino de Treves (falecido em 29 de maio de 346 ou 347) foi um proeminente bispo do século IV, conhecido por sua firme defesa da ortodoxia católica contra a heresia ariana e por seu apoio inabalável a Santo Atanásio de Alexandria. Sua vida é um testemunho de coragem e fidelidade em um período de grande turbulência para a Igreja.

Origens e elevação ao episcopado:

Pouco se sabe sobre os primeiros anos de Maximino. Acredita-se que tenha nascido na gália, provavelmente na região da aquitânia. Ele se tornou bispo de Treves (atual trier, alemanha), uma das mais importantes cidades do império romano ocidental e residência imperial na época. A data exata de sua elevação ao episcopado não é clara, mas ocorreu nas primeiras décadas do século IV.

A defesa de santo atanásio e o combate ao arianismo:

O século IV foi marcado pela ascensão e propagação do arianismo, uma heresia que negava a divindade de Jesus Cristo, afirmando que ele era uma criatura do Pai e não coeterno e consubstancial a ele. Santo Atanásio, bispo de Alexandria, foi o grande defensor da ortodoxia nicena (que afirmava a plena divindade de cristo) e, por isso, sofreu perseguições implacáveis e múltiplos exílios. São Maximino se destacou como um dos mais fiéis apoiadores de Atanásio. Quando Atanásio foi exilado pela primeira vez para Treves, por ordem do imperador constantino ii, por volta de 336-337, foi acolhido por Maximino. O bispo de Treves não só ofereceu refúgio a Atanásio, mas também o defendeu abertamente, reconhecendo a legitimidade de sua sé episcopal e a verdade de sua fé. Essa atitude de Maximino foi particularmente corajosa, pois desafiava as pressões imperiais que favoreciam os arianos.

Participação no concílio de sárdica:

Maximino desempenhou um papel importante no concílio de sárdica (atual sofia, bulgária), realizado em 343. Este concílio foi convocado para tentar resolver a controvérsia ariana e restaurar a unidade da Igreja. Maximino, ao lado de outros bispos ocidentais, defendeu veementemente a inocência de Atanásio e a fé nicena, condenando o arianismo. Embora o concílio não tenha alcançado plenamente seus objetivos devido à divisão entre os bispos orientais (em grande parte arianos) e ocidentais, a participação de Maximino reforçou sua posição como um baluarte da ortodoxia.

Confronto com os imperadores arianos:

Apesar das pressões dos imperadores constantino ii e, posteriormente, constâncio ii, que simpatizavam com o arianismo, Maximino permaneceu inabalável em sua fé. Ele resistiu às tentativas de forçá-lo a aceitar a comunhão com bispos arianos e a condenar Atanásio. Sua firmeza o tornou uma figura respeitada e um símbolo da resistência católica na Gália.

Morte e legado:

São Maximino de Treves faleceu em 29 de maio de 346 ou 347. Ele foi sepultado em sua catedral, e seu túmulo logo se tornou um local de veneração. Sua festa litúrgica é celebrada em 29 de maio. Seu legado é o de um bispo corajoso e um defensor zeloso da fé em um dos períodos mais difíceis da história do cristianismo primitivo. Ele é lembrado por sua hospitalidade para com Atanásio e por sua intransigência contra a heresia ariana, contribuindo significativamente para a preservação da doutrina nicena e para a consolidação da Igreja no império romano ocidental.

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