"...Unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre." (Salmo 23.5-6)

O Salmo 23 é uma declaração profunda e consoladora da fidelidade de Deus. Ele não é apenas um poema de conforto, mas uma promessa inabalável que o inimigo não pode revogar. Mesmo nos dias mais sombrios — no vale da sombra da morte — não estamos desamparados. O Senhor prepara uma mesa diante de nós, símbolo de comunhão, provisão e vitória, mesmo em meio às aflições.

Esse Salmo nos mostra que a condução divina pela "vereda da justiça" pode nos levar por caminhos que não escolheríamos naturalmente — vales escuros, estradas difíceis, tempos incertos. É o que Jesus disse em João 21:18: "Outro te cingirá e te levará para onde não queres." Ainda assim, o bom Pastor vai à frente, e sua presença nos sustenta.

Vivemos tempos em que a escuridão parece aumentar. Os vales da história se multiplicam e anunciam o fim dos tempos, como profetizado por Isaías: “Vem a manhã, e também a noite.” A luz da vinda gloriosa de Cristo se aproxima, mas também se aproxima a escuridão final do reinado do engano. Como filhos de Deus, atravessamos esses dias com a certeza de que o fim da caminhada não é a perdição, mas a glória.

No final da vereda — seja ela suave ou pedregosa — está o Senhor Jesus Cristo, exaltado e glorioso. Ele é o nosso alvo, o motivo da nossa esperança e a razão de nossa perseverança. Muito em breve O veremos face a face. Até lá, seguimos guiados pelo Seu amor, amparados por Sua bondade, ungidos pela Sua graça e confiantes na promessa de que habitaremos com Ele para todo o sempre.