"Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita..." (Salmo 73.23)

Algumas palavras da Bíblia, por mais simples que sejam, carregam uma profundidade espiritual imensurável. Uma dessas palavras é “todavia”, presente no Salmo 73.23. Esse pequeno termo tem o poder de expressar a fé firme e perseverante do coração que confia em Deus, mesmo quando tudo ao redor parece ruir.

Davi, ao escrever esse salmo, não negava suas lutas, dúvidas e quedas. Mas no meio disso tudo, ele fazia uma confissão de esperança: “Todavia, estou sempre contigo.” Essa palavra representa o ponto de virada em nossa jornada: mesmo quando nos sentimos fracos, abatidos ou solitários, podemos declarar com fé que o Senhor permanece conosco.

Esse “todavia” ganha ainda mais força quando enfrentamos o avanço da idade. O tempo impõe limites ao corpo, mas para o coração que crê, há promessas eternas. O salmista também escreveu: “Na velhice ainda darão frutos” (Salmo 92.14). Ou seja, mesmo com os sinais do tempo, o cristão continua sendo útil, frutífero e cheio de vida espiritual.

Quantas vezes você já experimentou esse “todavia”? Momentos em que, por suas falhas ou pela dureza da vida, tudo parecia se perder — mas, ainda assim, a mão direita de Deus o sustentou. A escuridão, muitas vezes, é consequência das nossas escolhas erradas, mas o amor de Cristo nos restaura com graça e perdão.

Lembre-se do que Jesus disse em João 16.33: “No mundo ais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Se a sua alma está cansada, se o caminho parece incerto, declare com fé: “Todavia, estou sempre contigo.” Deus não solta sua mão. Ele é fiel, mesmo quando nós fraquejamos.